Cantigas de D. Dinis

01/06/2013 15:09

A mia senhor que eu por mal de mi

Dom Dinis

Chegaram até nós três colectâneas de poesias: o Cancioneiro da Vaticana, o Cancioneiro da Biblioteca Nacional e o Cancioneiro da Ajuda, todos eles contendo composições que vão do século XII ao século XIV. Um dos trovadores mais famosos foi o rei D. Dinis de Portugal, entre suas cantigas A mia senhor que eu por mal de mi.

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Ai falsamigue sen lealdade

Dom Dinis

A mentalidade da época baseada no teocentrismo serviu como base para a estrutura da cantiga de amigo, como essa, em que o amor espiritual e inatingível é retratado.

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Ai senhor fremosa por Deus

Dom Dinis

Em uma cantiga de amor como essa, o cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível. Mas nunca consegue conquistá-la, porque tem medo e também porque ela rejeita sua canção.

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Amiga bom gradhaja Deus

Dom Dinis

Constituem a variedade mais importante e original da nossa produção lírica da Idade Média, estas composições que se enquadram na poesia trovadoresca, mas que incluem a particularidade de conferirem estatuto de enunciação à mulher, embora sejam sujeitos masculinos a compô-las.

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Como me Deus aguisou que vivesse

Dom Dinis

Cantiga de amor; de mestria. O trovador propõe-se deixar de trovar e ir-se, cheio de pena, viver longe da sua amada, visto que ela não gosta da sua proximidade.

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Quanteau fremosa mia senhor

Dom Dinis

Cantiga de amor; de mestria. O poeta, dirigindo-se à sua amada, manifesta-se convencido de que não poderá evitar a própria morte (de amor), mas consola-se pensando que esse dia se verá livre de coitas.

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Que razom cuidades vos mia senhor

Dom Dinis

Cantiga de amor; de mestria. Dirigindo-se à amada, o trovador adverte-lhe que, quando ela morrer e se encontrar ante Deus, não poderá justificar a morte de amor que deu ao seu amador.