Cantigas de D. Dinis
A mia senhor que eu por mal de mi
Dom Dinis
Chegaram até nós três colectâneas de poesias: o Cancioneiro da Vaticana, o Cancioneiro da Biblioteca Nacional e o Cancioneiro da Ajuda, todos eles contendo composições que vão do século XII ao século XIV. Um dos trovadores mais famosos foi o rei D. Dinis de Portugal, entre suas cantigas A mia senhor que eu por mal de mi.
facebooktwitterAi falsamigue sen lealdade
Dom Dinis
A mentalidade da época baseada no teocentrismo serviu como base para a estrutura da cantiga de amigo, como essa, em que o amor espiritual e inatingível é retratado.
facebooktwitterAi senhor fremosa por Deus
Dom Dinis
Em uma cantiga de amor como essa, o cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível. Mas nunca consegue conquistá-la, porque tem medo e também porque ela rejeita sua canção.
facebooktwitterAmiga bom gradhaja Deus
Dom Dinis
Constituem a variedade mais importante e original da nossa produção lírica da Idade Média, estas composições que se enquadram na poesia trovadoresca, mas que incluem a particularidade de conferirem estatuto de enunciação à mulher, embora sejam sujeitos masculinos a compô-las.
facebooktwitterComo me Deus aguisou que vivesse
Dom Dinis
Cantiga de amor; de mestria. O trovador propõe-se deixar de trovar e ir-se, cheio de pena, viver longe da sua amada, visto que ela não gosta da sua proximidade.
facebooktwitterQuanteau fremosa mia senhor
Dom Dinis
Cantiga de amor; de mestria. O poeta, dirigindo-se à sua amada, manifesta-se convencido de que não poderá evitar a própria morte (de amor), mas consola-se pensando que esse dia se verá livre de coitas.
facebooktwitterQue razom cuidades vos mia senhor
Dom Dinis
Cantiga de amor; de mestria. Dirigindo-se à amada, o trovador adverte-lhe que, quando ela morrer e se encontrar ante Deus, não poderá justificar a morte de amor que deu ao seu amador.